Têm os índios brasileiros o direito de praticar o infanticídio?

Era o de que precisávamos: um caso quente que envolve ética, antropologia, direito, política… Em última instância: filosofia…

Em discussão estão principalmente estas duas questões:

1) A diversidade e o relativismo cultural

Se a cultura indígena aprova, ou mesmo determina, que bebês com deficiência física sejam sacrificados (isto é, que sejam deixados sem assistência para que morram, ou mesmo que sejam ativamente matados), nós que temos uma cultura diferente vamos ficar apenas olhando?

Afinal de contas, a diversidade cultural, como há muito se alega, não é um bem?

O relativismo cultural não é apregoado aos quatro cantos, afirmando que nenhuma cultura é superior a outra, e que todas têm o direito de ter seus próprios sistemas éticos, que são igualmente bons, ou, pelo menos, incomensuráveis?

O multiculturalismo não é ensinado em nossas escolas como um valor a ser preservado?

Não é isso que prega, aos quatro ventos, a FUNAI?

2) A questão das “nações indígenas”

Os indígenas brasileiros estão de fora da nação brasileira, constituindo uma outra nação, ou um conjunto de outras nações, com seu próprio território, suas próprias leis, seus próprios costumes, seus próprios valores?

O presidente da FUNAI não é uma espécie de Secretário Geral do equivalente da ONU dessas nações indígenas brasileiras — e é assim que elas se denominam e a FUNAI freqüentemente a designa?

Não é isso que prega a FUNAI e os seus antropólogos de plantão?

A questão não é só cultural, antropológica, ética: é também política e de direito (quiçá internacional…)

o O o

Por fim, a FUNAI mistura tudo, trazendo para o mexilhão até mesmo a religião: ter um filho defeituoso é, para os índios, um grave "pecado", diz a nota da FUNAI.

A nota da preclara instituição não esclarece, no caso, de quem seria o "pecado": seria dos pais? Da comunidade? Da tribo? Da própria criança que nasce defeituosa? E esse "pecado" justificaria o sacrifício da criança?

A FUNAI parece pensar (se é que pensa) que, no mínimo, são os índios que devem decidir isso, não as leis e o sistema judiciário do país… – e que a cultura predominante do país pensa sobre a questão é absolutamente irrelevante.

A FUNAI alega estar tentando proteger os direitos dos pais da menina. E os direitos da menina com hidrocefalia, quem protege?

As questões do aborto e da eutanásia aqui reaparecem em um contexto multicultural… A cultura aqui faz as vezes da religião (como a nota da FUNAI deixa claro), misturando esse caso com a postura dos Testemunhas de Jeová que se recusam a, por exemplo, fazer transfusão de sangue e a permitir que ela seja feita em seus filhos, ainda que morram…

o O o

Institutionalmente, essa é uma questão da Justiça Estadual ou da Justiça Federal? Ou seria da Justiça Internacional, visto que os Ianomânis são, como se apregoa, uma nação autônoma?

Ainda institucionalmente, a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) estão em pé de guerra. Quando duas Fundações do Executivo Federal discordam, quem resolve? O Presidente? E o Conselho Tutelar, onde fica, institucionalmente, nessa briga entre as diversas Justiças e as diversas Fundações? E o Ministério Público Federal?

E as Igrejas, que vivem tentando salvar os índios de sua cultura, levando-os a aceitar o Cristianismo, como ficam? E as ONGs, que vivem tentando salvar os índios do Cristianismo e de toda cultura não-indígena, que apito vão apitar?

Numa questão marginal, mas importante, será que nós, agindo na contra-mão da recomendação contida no princípio da Navalha de Ockham, não estamos multiplicando entidades além da necessidade — e além do bom senso?

o O o

De repente descobrimos que o infanticídio é praticado no Brasil impunemente e que os índios matam não só crianças que nascem defeituosas, mas também gêmeos e filhos de mãe solteira… E isso com o conhecimento e sob a proteção da FUNAI!!!

Que país é esse?

Que belo cardápio para um curso transdisciplinar que discuta o que hoje seria objeto de cursos de filosofia, antropologia, direito, ciência política, para não mencionar a teologia, a regina scientiarum?

O UOL ataca com suas próprias armas de alta tecnologia: Enquetes e Grupos de Discussão… Enquete: A bebê ianomâmi deficiente deve ser entregue aos pais? Vote! Grupo de discussão: Em casos de vida ou morte, a Justiça deveria interferir em questões culturais? Opine!

Vote!!! Opine!!! A sociedade deve se envolver na discussão da questão, excitar-se toda, ler mais o site do UOL…

Os ativistas devem organizar seus exércitos, fazer demonstrações, elaborar piquetes, conseguir seus 15 segundos de fama…

o O o

No meio disso tudo, há as curiosidades e as figuras ridículas… Nesse primeiro assalto claramente se destaca a figura do administrador regional da Funai em Manaus, Edgar Fernandes. Colocando-se no lugar da Corte Suprema brasileira ela já sentencia: "Ela (Justiça Estadual) não tem prerrogativa para julgar esse caso. Questões envolvendo índios têm de ser resolvidas na Justiça Federal." Colocando-se na posição de Antropólogo Mor da Nação ele determina: "Os povos indígenas têm direito às suas próprias crenças. Os pais da menina não acreditam mais na medicina ocidental e querem que ela tenha os seus últimos dias na aldeia". Será que os pais da menina acreditaram um dia na medicina ocidental e agora não acreditam mais???


Well, é isso. Boa discussão no fim de semana…

Abaixo, a matéria do UOL.

=========================

DO UOL

16/04/2009 – 20h30

Caso de índia ianomâmi deficiente gera crise institucional no Amazonas

Especial para o UOL Notícias

Em Manaus

FOTO: Enfermeira cuida de bebê ianomâmi que está internada com hidrocefalia, tuberculose e pneumonia em hospital infantil de Manaus. O Conselho Tutelar da capital amazonense vai protocolar no Ministério Público Estadual pedido de suspensão dos direito
s dos pais da criança, depois que três indígenas teriam tentado

levá-la de volta à aldeia sem autorização médica

Enquete: A bebê ianomâmi deficiente deve ser entregue aos pais? Vote!

Grupo de discussão: Em casos de vida ou morte, Justiça deveria interferir em questões culturais? Opine!

A internação de uma índia da etnia ianomâmi em um hospital de Manaus está criando uma crise institucional no Amazonas. Os pais da criança querem retirá-la do hospital e levá-la para a aldeia. Nesta quinta-feira (16), porém, a Justiça Estadual concedeu uma ordem para que a menina, vítima de hidrocefalia (condição na qual há líquido cérebro-espinhal em excesso ao redor do cérebro e da medula espinhal), permaneça no hospital até ter alta. De outro lado, a Fundação Nacional do Índio (Funai) ameaça recorrer da decisão para garantir os direitos dos pais da menina. E em meio a tudo isso está o Conselho Tutelar, que teme que a criança seja sacrificada pelos pais quando retornar à aldeia, como parte de um ritual da etnia.

A criança chegou ao hospital levada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da ONG Serviço e Cooperação com o povo Yanomami (Secoya), que faz serviço de atendimento em saúde para os índios desta etnia.

A crise em torno da menina começou no início desta semana. Na última terça-feira (14), os pais da pequena ianomâmi de um ano e meio de idade foram ao Hospital Infantil Drº Fajardo, em Manaus, para tentar retirá-la do local. Ela está internada desde março com hidrocefalia, pneumonia, tuberculose e desnutrição.

Polêmica no Amazonas

A direção do hospital acionou o Conselho Tutelar que, diante das suspeitas de que a criança seria sacrificada por ser portadora de deficiência física, acionou o Ministério Público Estadual (MPE) pedindo a permanência da criança no hospital. Nesta quinta-feira (16), a juíza Carla Reis, da 2º Vara da Infância e da Juventude, concedeu pedido de providências ordenando que a menina fique onde está até que seu quadro clínico seja considerado satisfatório.

A decisão causou indignação do administrador regional da Funai em Manaus, Edgar Fernandes. "Ela (Justiça Estadual) não tem prerrogativa para julgar esse caso. Questões envolvendo índios têm de ser resolvidas na Justiça Federal. Vamos recorrer ao MPF (Ministério Público Federal) para interceder a favor da família", disse Edgar.

Para a diretora do hospital, Glória Chíxaro, o estado clínico da menina é estável, mas a interrupção de seu tratamento pode leva-la à morte. "O quadro dela, hoje, é estável, mas se for retirada do hospital, seu tratamento será seriamente comprometido e ela pode morrer na aldeia", disse completando que a menina será submetida a uma cirurgia para drenar o líquido de sua cabeça.

Edgar Fernandes discorda do entendimento da diretora e diz que o desejo dos pais da menina de levá-la para sua aldeia é legítimo e amparado pela Constituição Federal. "Os povos indígenas têm direito às suas próprias crenças. Os pais da menina não acreditam mais na medicina ocidental e querem que ela tenha os seus últimos dias na aldeia", explicou.

Para Fábio Menezes, conselheiro tutelar que acompanha o caso, retirar a menina do hospital é sentencia-la à morte. "Na cultura deles, quem tem deficiências deve ser sacrificado. Eles já disseram à Funai que irão fazer isso. A própria Funai já admitiu que isso pode acontecer", disse Menezes.

Sobre o possível ‘sacrifício’ da índia, a Funai divulgou uma nota explicando que esse tipo de ritual faz parte da cultura da etnia ianomâmi. "Gerar um filho defeituoso, que não terá serventia numa aldeia que precisa necessariamente de gente sadia (…) é um grave ‘pecado’, pois este não poderá cumprir o seu destino ancestral", diz a nota.

Ainda de acordo com o documento, para evitar o transtorno de ter um integrante deficiente na aldeia, quando a criança nasce, a mãe realiza um cuidadoso exame e se constatar que a mesma é portadora de deformidade, a mesma é ‘descartada’.

Fábio Menezes diz que, apesar da decisão da Justiça Estadual, vai tentar impedir que ela seja levada de volta à aldeia. "Vou tentar uma reanálise do caso. Ela não pode voltar pra lá", disse.

Polêmica sobre infanticídio indígena mistura leis, valores culturais e saúde

O infanticídio entre indígenas é um tema que já gerou documentários, projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura, religião e legislação. Ainda utilizado por volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil, esse princípio tribal leva à morte não apenas gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com problema mental ou físico, ou doença não identificada pela tribo

Para o antropólogo Ademir Ramos, o caso mostra, de forma emblemática, o choque entre as culturas indígenas e a ocidental. "O não índio não está discutindo hoje a eutanásia? Essa é uma questão já resolvida para os ianomâmis. Eles precisam de gente saudável na aldeia. Uma criança com deficiência gera uma série de transtornos aos integrantes da tribo", disse o antropólogo.

A juíza Carla Reis defendeu sua decisão ordenando a manutenção da menina no hospital. "Eu estou analisando apenas o fato de ela se tratar de uma criança. Não entrei no mérito de ela ser indígena ou não. Pra mim, ela é apenas uma criança", disse.

A magistrada admite, porém, que a Funai tem argumentos para recorrer de sua decisão. "Se eles quiserem, podem argumentar que a Justiça Estadual não tem autoridade para decidir em casos envolvendo índios. Vai depender deles", disse.

Uma reunião entre Conselho Tutelar, Funai e o Ministério Público Federal (MPF) está sendo realizada na noite desta quinta-feira. O MPF ainda não se manifestou sobre o caso.

16/04/2009 – 21h19

Polêmica sobre infanticídio indígena mistura leis, valores culturais e saúde pública

Do UOL Notícias

Em São Paulo

FOTO: Muwaji Suruwahá: Muwaji (à dir.) segura sua filha que nasceu com paralisia cerebral em cena do documentário "Hakani" do cineasta norte-americano David Cunningham, sobre o infanticídio indígena no Brasil; a luta da índia Muwaji contra sua tribo inspirou a criação da Lei Muwaji, que tramita na Câmara, que visa combater "práticas tradicionais que atentem contra a vida"

O infanticídio entre indígenas é um tema que já gerou documentários, projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura, religião e legislação. Ainda utilizado por volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil, esse princípio tribal leva à morte não apenas gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com problema mental ou físico, ou doença não identificada pela tribo.

A quantidade de índios mortos por infanticídio no país é uma incógnita. Nos dados da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) sobre mortalidade infantil indígena, esse número aparece somado a óbitos causados por "lesões, envenenamento e outras consequências de causas externas". Esse grupo responde por 0,4% do total das mortes de menores de um ano de idade, segundo os últimos dados disponíveis da Funasa, de 2006.

Tramitando no Congresso, a Lei Muwaji (em homenagem à índia que enfrentou a tribo para salvar sua filha com paralisia cerebral) estabelece que "qualquer pessoa" que saiba de casos de uma criança em situação de risco e não informe às autoridades responderá por crime de omissão de socorro. A pena vai de um a seis meses de detenção ou multa.

Esse projeto se inspirou no caso da indígena Muwaji Suruwahá que lutou pela sobrevivência de sua filha Iganani, que tem paralisia cerebral – por isso, estava condenada à morte por envenenamento em sua própria comunidade. O caso alcançou repercussão nacional em outubro de 2005.

A proposta é polêmica entre índios e não índios. Há quem argumente que o infanticídio é parte da cultura indígena. Outros afirmam que o direito à vida, previsto no artigo 5º da Constituição, está acima de qualquer questão.

O antropólogo Mércio Pereira Gomes, que foi presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) nos quatro primeiros anos do governo Lula, admitiu que sofreu "um dilema muito grande" no órgão diante da questão do infanticídio. Como cidadão, é contrário à prática, mas como antropólogo e presidente do órgão, discorda de uma política intervencionista – segundo ele, há de cinco a dez mortes por infanticídio no Brasil por ano.

Em 2004, o governo brasileiro promulgou, por meio de decreto presidencial, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que determina que os povos indígenas e tribais "deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos".

Antes disso, em 1990, o Brasil já havia promulgado a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, que reconhece "que toda criança tem o direito inerente à vida" e que os signatários devem adotar "todas as medidas eficazes e adequadas" para abolir práticas prejudiciais à saúde da criança.

O infanticídio voltou a criar polêmica com o lançamento do filme "Hakani", dirigido David Cunningham, filho do fundador de uma organização missionária norte-americana. A ONG Survival International, sediada em Londres, divulgou no começo do ano uma nota em que acusa os autores do controverso filme de incitar o ódio racial contra os índios brasileiros. A produção mostra cena protagonizada por supostos sobreviventes e parentes encenando pais enterrando viva uma criança deficiente.

Outra ONG que atua na área é a Atini, sediada em Brasília, atua na defesa do direito das crianças indígenas. Formada por líderes indígenas, antropólogos, lingüistas, advogados, religiosos, políticos e educadores, a organização trabalha para erradicar o infanticídio nas comunidades indígenas, promovendo a conscientização.

Em São Paulo, 17 de Abril de 2009

Uma resposta

  1. PARA MIM QUE TENHO UM FILHO COM HIDROCEFALIA DE 9 ANOS E QUE NO PERÍODO DE 24 DE JANEIRO DE 2008 A JANEIRO DE 2009, PASSOU POR 12(DOZE) CIRURGIAS NO CÉREBRO, ESSA REAÇÃO DE TIRAR A CRIANÇA DO HOSPITAL É INACEITAVEL. ELES QUEREM QUE TODOS NASÇAM PERFEITOS. É PERFEIÇÃO TIRAR A VIDA DE UMA CRIANÇA? O QUE É ENTENDIDO SOBRE PERFEIÇÃO?FABIANA

    Curtir

  2. Estes textos vieram para nos fazer refletir ainda mais a questão indígena,já que estamos no mês que se comemora "o dia do índio".Considerando todos esses argumentos, há de se fazer uma profunda reflexão, sobre o peso da questão abordada:o infanticídio.Na minha opinião, parece tema de debete imensurável, que vai de choque às questões culturais, sociais, étnicas, religiosas etc.Não caberia aqui o "embasamento"(não sei se esta é a palavra) dogmático de cada seguimento?Liberdade???Seria ela o direito a tirar a vida da criancinha, ou o direito aos pais de levà-la ao sacrifício???Muito complexa tal questão.Eu votaria pelo o amor.LIBERDADE!!!Que utopia…

    Curtir

  3. Nesta babilônia global, nesta sociedade multicultural, há que ter um valor, pelo menos um, que esteja acima de todas as diferenças culturais. Sem isso é impossível falar em diálogo e respeito às diferenças. Acima de todas as culturas existe um ser humano. Ou será que não? Algum valor máximo é necessário para viabilizar o novo contrato social. E este valor, para mim, é a vida. O ser humano, seu bem estar e desenvolvimento, deve ser o critério para uma (nova?) ética. A questão do infanticídio (ou do aborto), no meu entender, é simples. Nada complexo. O respeito à vida está acima da cultura indígena ou seja lá qualquer outra. Se não houver este parâmetro, tudo será permitido. Não será possível um respeito à diversidade cultural se não houver consenso a respeito de algum valor que paire acima desta diversidade. Não cabe a nós decidir o que é melhor para os que vão nascer ou estão começando a vier. Deixem que eles mesmos decidam isso.No caso do infanticídio, sugiro que a criança a ser sacrificada decida se a cultura tribal seja ou não respeitada quando for adulta. O direito da criança está acima do direito da tribo. A dignidade da pessoa está acima de todos os outros valores, inclusive sobre os costumes da tribo ou da comunidade, seja ela qual for. Esse é o princípio.

    Curtir

  4. DESCULPEM POR USAR O MSN DO MEU FILHO MAIS É JUSTAMENTE QUE QUANDO VOCÊ LUTA PELA VIDA, VOC~E CONSEGUE VENCER TODAS AS BATALHAS. SE ALGUÉM QUISER FALAR COMIGO ENTRE NO MEU EMAIL:fabifloc70@yagoo.com.br O GUSTAVO TEM UM ORKUT ONDE MOSTRA FOTOS DE UM VERDADEIRO HERÓI QUE É PARA MIM: gustavo lopes cardoso@yahoo.com.brO RESUMO DE NOSSA LUTA ESTÁ ABAIXO. na verdade tenho a´té esperança que ele s consigam curar essa criança com ervas. É MUITO TRISTE VER SEU FILHO SOFRER, MAS DESISTIR E TIRÁ-LO DO HOSPITAL JAMAIS. DEUS NOS DEU A VIDA ECOLOCOU OS MÉDICOS PARA NOS AJUDAREM.OBRIGADO SANTA GIANNA POR DEVOLVER O MEU FILHO!Descobri, no quinto mês de gestação que meu 2º filho iria nascer com HIDROCEFALIA E MIELOMENINGOCELE. Não tinha nem noção do que era. Parecia que haviam me tirado o chão.Que susto!Que medo!Como eu iria cuidar de uma criança tão especial?Eu iria dar conta?Eu iria entendê-la?Eu poderia dar tudo que ela necessitasse?Como engravidei tomando anticoncepcional, e a chance de uma criança nascer com hidrocefalia é de 5%, resolvi acreditar que Deus estava comigo e eu faria tudo que pudesse para que ele tivesse tudo do bom e do melhor e também para que sua saúde evoluísse sempre.Os médicos me falaram, que juntamente com a hidrocefalia, ele poderia ser altista, ter síndrome de down ou várias outras, não falar, não andar…Perguntei ao médico qual a chance que ele teria de ser uma criança evoluída. O médico falou que 1%.Eu respondi para o médico que eu ia me agarrar nesse 1% e meu filho teria a melhor vida que pudesse proporcioná-lo.É o que tenho feito até o momento. Pode ter certeza funciona.Ter Fé em Deus, acreditar na vontade de viver do seu filho, acreditar que você é capaz de enfrentar tudo e todos pelo seu filho é o que faz a diferença.Lógico que sem uma ótima equipe de médicos que te apóiem nada disso adianta. Você tem que ter médicos que cuidem bem do seu filho, que lhe transmita confiança e segurança, e que estarão sempre dispostos a te ajudar nos piores momentos…Quando nasceu passou por 5 cirurgias no cérebro para colocar a válvula de drenagem, fez cirurgia na coluna para correção da MIELOMENINGOCELE, permaneceu internado na Santa Casa de Franca/SP por 4 meses e 18 dias, teve meningite, ventriculite e várias outras infecções.Meu filho falou com um ano, andou com três anos e três meses, é uma criança linda, inteligente, carismática, posso dizer que é para mim a criança mais perfeita que conheço.Passou 8 anos de sua vida lutando contra os obstáculos que a vida lhe impunha e vencia todos com força e uma coragem inigualável.O ano passado, mais precisamente, dia 27-01-2008 começou a vomitar, teve febre, levei-o para Santa Casa de Franca/SP, onde foi atendido pelo seu precioso médico Dr. Pedro Couri, que internou e após exames iformou-nos que precisaria trocar a válvula. Parecia uma cirurgia simples e deveria permanecer internado por no máximo 3 dias.Começava uma nova, longa e difícil batalha que teríamos que enfrentar:30-01-2008 colocou a 4ª válvula,01-02-2008 teve alta,20-02-2008 internou, fez tomografia e o ventrículo continuava dilatado, o médico tentou controlar com um remédio e deu alta no mesmo dia,06-03-2008 internou e trocou a válvula, colocou a 5ª válvula,08-03-2008 teve alta,21-03-2008 internou com infecção na válvula e iniciava um longo pesadelo, neste período teve ventriculite, permaceu internado por 90 dias,08-04-2008 teve que retirar a 5ª válvula e colocar a 1ª derivação externa, período difícil, meu marido não se conformava em ver nosso filho com aquela mangueira no cérebro, críticas vinham de todos os lados, EU AFIRMAVA QUE ELE CONTINUARIA SENDO O MEU FILHO AMADO E QUERIDO MESMO SE ESTIVESSE USANDO UM CANO DE PVC…20-04-2008 colocou a 2ª derivação pelo atencioso Dr. Sinésio,09-05-2008 colocou a 6ª válvula,01-06-2008 retirou o cateter porque seu peritônio estava inflamado, retirou líquido do pulmão pelo Dr. Oswaldo, e colocou a 3ª derivação externa,18-06-2008 teve alta condicionada, pois o Dr. Pedro Couri deixou-o ir para casa com a derivação externa,02-09-2008 Colocou o cateter interno,16-09-2008 colocou a 4ª derivação externa Dr. Pedro teve ajuda do Dr. Robson que está sempre por perto quando precisamos e sempre disposto a ajudar,22-09-2008 teve alta, foi novamente para casa com a válvula e a derivação externa, graças a Deus todos da família já havia se acostumado com a derivação e se enchiam de cuidados com medo que pegasse infecção,20-12-2008 internou com a válvula obstruída e infecção,22-12-2008 retirou a válvula colocando a 5ª derivação externa,20-01-2009 colocou a 7ª válvula e penso e acredito que será a última, pois, Deus nos carregou no colo durante esse período todo, viu o sofrimento, a dor, e a coragem com que meu filho enfrentou tudo isso, ele não vai deixar nada mais acontecer a meu filho, porque ele nos ama,NOS DIAS 21-01-2009 E 22-01-2009, NÃO FALOU NEM ABRIU OS OLHOS, SÓ DORMIA, NÃO COOMEU NEM ÁGUA TOMAVA, VAZAVA ÁGUA DE SUA CABEÇA ONDE ESTAVA A DERIVAÇÃO, MESMO ASSIM EU LHE DAVA BANHO, NO DIA 23-01-2009, QUANDO ESTAVA LHE DANDO BANHO, ELE PAROU DE RESPIRAR A DRª. ANA AMÉLIA O SOCORREU IMEDIATAMENTE LEVANDO-O PARA A UTI. FIQUEI DESESPERADA, SÓ PEDIA JESUS PARA DEVOLVER MEU FILHO PARA MIM, DO JEITO QUE ELE ACHASSE QUE EU O MERECESSE. ENTÃO FUI ATÉ MEU QUARTO E VI A SANTA GIANNA QUE MINHA AMIGA CAMILA TINHA LEVADO PARA O MEU QUARTO, ABRACEI O ORATÓRIO E PEDI COM TODA FÉ “SANTA GIANNA, VOCÊ QUE MORREU PARA SALVAR A VIDA DE UM FILHO POR FAVOR DEVOLVE A VIDA DO MEU”. QUANDO A MÉDICA DISSE QUE PODIA ENTRAR NA UTI ACHEI QUE ELE IA ESTAR INCONCIENTE, MAS ELE ESTAVA BEM GRAÇAS À DEUS E A SANTA GIANNA. OLHEI PARA O LENÇOL ACHANDO QUE PODERIA ESTA TODO MOLHADO E NÃO ESTAVA, TINHA APENAS UMA MANCA DE ÁGUA. APÓS 2 HORAS VOLTOU PARA O QUARTO E SUA CABEÇA NÃO VAZAVA MAIS, COMEÇOU A COMER, FALAR NORMAL, NEM PARECIA A MESMA CRIANÇA. SANTA GIANNA INTERVIU POR MIM E DEUS ATENDEU OMEU PEDIDO INSTANTANEAMENTE. EU ACREDITO QUE MEU FILHO FOI CURADO NAQUELE INSTANTE. OBRIGADO MEU QUERIDO PAI CELESTIAL, OBRIGADO SANTA GIANNA QUEM APRENDI AMAR E PASSEI A SER DEVOTA, OBRIGADO NOSSA SENHORA APARECIDA A QUEM SOU DEVOTA DESDE CRIANÇA, OBRIGAO A MEDALHA MILAGROSA SANTA DE DEVOÇÃO DO GUSTAVO, ELE NUNCA ABANDONOU SUA MEDALHA.27-01-2009 teve alta finalmente, tenho fé que meu filho nunca mais precisará ficar internado, Deus viu nossa força, principalmente a sua coragem, sua vontade de viver, mesmo passando por tudo isso nunca chora, tem sempre um sorriso no rosto, leva a vida na brincadeira.DEUS irá atender a todos que acreditarem nele, e pedirem com FÉ.Fabiana Lopes de Oliveira Cardoso.

    Curtir

  5. eu sou a favor. os indios tem o direito de escolher o que querem sim,só não concordo com algumas coisas como matar se nasceu menina quando esperavam menino ou vice versa,ou quando se é mãe solteira. os indio sempre teve sua cultura,por muitos séculos viveram assim e não sei porque hoje querem mudar essa situação,a sociedade "branca" quando chegou aqui trouxeram muitos problemas para essa gente achando que era beneficio,trouxeram leis vagas que é a mesma da nossa sociedade hoje que cometem erros absurdos ,trouxeram doenças. as indias trabalham e sempre foi assim e um filho doente para eles,na situação atual em que vivem hoje,seria pior ,as mães teriam que cuidar sem nenhum recurso e teriam que parar de trabalhar o que dificultaria ainda mais a sobrevivencia. nos da sociedade"branca" ja tem muita dificuldade em sobreviver com um deficiente principalmente quando se é pobre,e o governo não da nenhum recurso a não ser uma misera esmola e a sensação de ser inutil ja que dificulta a nossa vida para o trabalho,alem dos gastos que se tem tanto para nos como para o governo de um dinheiro sem retorno principalmente quando o quadro clinico é incuravel ou genetico,nesse caso a familia praticamente ja para de viver para cuidar daquele que esta ali de certo modo sofrendo e até vegetando e com tudo isso tem gente que não tem familia e tem que cuidar dessa situação sozinha sendo respansavel por outros filhos e estando impedida de trabalhar, passa por dificuldades, que gera depois as mais diversas situações que hoje enfrentamos que é o trafico de drogas prostituição e uma coisa leva a outra. isso é a nossa sociedade,saber falar e não saber fazer,só criticam coisas achando que estão fazendo certo e estão prejudicando pior,o governo não esta nem ai para ninguem e nossas leis são idiotas e sobre tudo isso eu penso o seguinte os indois não são egoistas nos é que somos porque achamos lindo uma pobre criança com deficiencias multiplas sem pensar que ela um dia vai crescer e nós vamos ficar velhos e sem força e esse doente quem vai cuidar se a pessoa não tem mais niguem da familia? a outra filha sã que tem 4 filhos pequenos e o marido desempregado,ou com o outro filho são que cresceu sem o contato com a familia devido a dificuldade e ele teve de ir para outro lugar para tentar a vida honestamente e de repente uma carga dessas e quem ira ajudar ele ja que clinica não é facil de encontrar? deixemos que os indios vivem suas vidas porque a nossa é muito ridicula.

    Curtir

  6. Isso é maldição. Nascer deficiente é uma infelicidade. Nascer deficiente em uma região tribal, é ainda mais, pois em tribos os seres humanos vivem como animais: caçando, comendo, dançando e cantando, conversando, e dormindo. Um deficiente não teria condições de acompanhar o ritmo da tribo, nem de guerrear, nem de caçar, só provocaria uma angústia entre os tribais, uma infelicidade tamanha.

    Mas tem um porém. Os índios matam por puro sadismo, petulância, maldade sincera, pois eles fazem é enterrar a criança viva, ou esquartejam ela com as mãos, cada um puxando um lado, soltando os seus gritos tribais de macacos.

    É uma crueldade que mesmo que não nascessem mais, não acabaria, pois eles já inventaram uma maneira de não acabar com essa babaquice: crianças sadias gêmeas e crianças sadias filhas de mãe solteira. Assim, eles forçam uma relação sexual com uma índia (sem ser estupro) só pra no próximo ano ter novamente o evento, já que a índia é solteira.

    Sinceramente, essas 20 tribos que fazem isso aí sim deveriam ter os seus homens enforcados, já que essas idéias de desumanidade surgem da cabeça dos homens e as mulheres apenas pegam o barco, mas o barco já foi montado pelos homens. Deveriam ser enforcados ao vivo na TV!!

    Curtir

  7. Pingback: Os Views dos Meus Artigos Aqui, « Liberal Space: Blog de Eduardo Chaves

  8. Pingback: Top Posts of this Blog for all time ending 2014-04-14 (Summarized) « * * * In Defense of Freedom * * * Liberal Space

Deixe um comentário