Que bom é viver frugalmente — quando isso se dá por escolha e não por necessidade…

Começo de noite, numa sexta-feira treze. São 20h30 — faltam três horas e meia para o fim oficial do dia. Espero que não haja mais tempo suficiente para acontecer uma daquelas desgraças em que os supersticiosos acreditam.

Estou sentado na varanda do meu apartamento, com os pés em cima de uma mesinha, admirando a vista da Chácara Klabin e, além da Ricardo Jafé, do Alto do Ipiranga. Perto dali está o Museu do Ipiranga –que fica no lugar em que foi proclamada a Independência do Brasil, no dia do meu nascimento, mas 121 anos antes. O riacho do Ipiranga, que passa lá, passa também quase do lado do nosso prédio. 

A temperatura caiu, faz um friozinho, e eu tomo vinho… Vamos jantar daqui a pouco: arroz parboilizado, carne moída, farofa… Um de meus pratos favoritos. Depois da meia noite vamos ao Extra, aqui pertinho, que fica aberto 24 horas por dia, para fazer a compra do mês. Afinal de contas, amanhã meus irmãos vêm jantar aqui amanhã. Embora pretendamos encomendar umas pizzas, é preciso ter pequenas coisas para mastigar e líqüidos gostosos para beber…

O vento fresco é gostoso… Acho lindo ver a cidade ir se acendendo aos poucos… As ruas, as janelas dos prédios. De vez em quando se ouve um carro ou uma moto que acelera, e, vez ou outra, ouvem-se foguetes. O lugar é residencial, silencioso. Os vizinhos, ciosos de sua privacidade. Moro aqui há mais de quatro meses, e não conheço os vizinhos — nem mesmo os três vizinhos de andar. Isso não me faz falta. Só fiquei sabendo que o porteiro é pastor evangélico de uma pequena comunidade da Assembléia de Deus em São Caetano do Sul. No prédio em frente ao meu mora uma conhecida, a Mila, que trabalha no CENPEC. Estivemos juntos em Brasília em Outubro último, num congresso da Interdidática. Por falar nisso, haverá um congresso da Interdidática aqui em São Paulo, em Abril, e daremos uma outra palestra (para quem não sabe, meus plurais não são majestáticos).

Sinto-me bem, feliz, em paz. Tenho muitos problemas a resolver em diversos departamentos da minha vida, tanto pessoais quanto profissionais. Mas estou bem, feliz e em paz comigo mesmo. O que mais pode alguém pedir?

Estou curtindo a noite, as luzes, o vento, o friozinho gostoso… Na cozinha, a carne descongela. Uma vez descongelada, em menos de meia hora faremos o jantar. Comeremos com calma, tranqüilos. Há três computadores abertos ao nosso redor — e mais dois desligados… Felizmente, não há ninguém para dizer que os fechemos, e que só pensamos em trabalho…

Em São Paulo, 13 de Fevereiro de 2009 – Sexta-feira treze

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