A Finlândia sucumbe à solução fácil para as causas da tragédia da escola: controlar a venda de armas de fogo. Como se isso resolvesse o problema.
Vemos pela matéria abaixo, da Folha de hoje (10/11/2007), que a venda de armas era liberada para maiores de 15 anos na Finlândia. A moral a se tirar dessa história é esta: durante toda a sua história livre, jovens finlandeses de 15 anos podiam legalmente comprar armas de fogo, fato que fez da Finlândia o terceiro país do mundo em número de armas de fogo por habitante (atrás dos Estados Unidos e do Iêmen), e, no entanto, NUNCA ANTES NAQUELE PAÍS ocorreu uma tragédia como a que acontece agora. Ou seja, o fato de a venda de armas de fogo ser livre para maiores de 15 anos não aumentou os assassinatos nas escolas da Finlândia nem um ponto percentual, porque nunca havia acontecido um antes.
Propõe-se agora que 18 anos seja a idade mínima para a compra de armas de fogo. Mas o rapaz que assassinou seus colegas e a diretora da escola tinha mais de 18 anos!
Até que ponto vai a insensatez dos políticos? Procuram a chave debaixo do poste, não porque a tenham perdido ali, mas porque ali há mais luz…
Em Salto, 10 de Novembro de 2007
Folha de S. Paulo
10 de Novembro de 2007
TRAGÉDIA
Finlândia veta a venda de armas para menores
DA REDAÇÃO
A Finlândia anunciou ontem que aumentará de 15 para 18 anos a idade mínima para que alguém possa comprar arma de fogo. A decisão foi provocada pela tragédia da última quarta-feira, quando Pekka-Eric Auvinen matou seis colegas e dois funcionários de sua escola, antes de se suicidar.
Embora ele já estivesse com 18 anos, o episódio gerou uma discussão sobre limitações. Segundo entidade suíça, só os Estados Unidos e o Iêmen têm mais armas por habitante que os finlandeses.
Em Kirkkonummi, sul do país, uma escola entrou em pânico depois de ameaças por e-mail de que nova matança de estudantes estava para ocorrer.
Com agências internacionais