O Vice-Presidente José Alencar parece que finalmente está chegando ao fim.
Admiro a forma em que o homem, tranqüila e serenamente, vem brigando com a morte nos últimos anos. Sem demonstrar ressentimento, sorrindo, mas sempre olhando a morte nos olhos, como inimiga que é de todos nós que queremos viver, e nunca deixando de fazer o possível e o impossível para ganhar uns dias a mais neste nosso mundinho, que às vezes parece tão indigno de gente tão fina.
Alencar parece ser um homem religioso, que acredita no que ele chama de vontade de Deus. Mas nem por isso a aceita passivamente. Faz alguns anos – e, creio, dezoito operações – que sua morte parece ser a vontade de Deus. Mas ele não nunca acredita que sua hora tenha chegado.
Felizmente, ele tem dinheiro (ganho merecidamente) para empreender a luta pela vida. Outros pobres mortais já teriam, a essas alturas, sido honrados com missas de sete, trinta e 365 dias.
Que a morte, Alencar, quando chegar, não lhe seja doída. E que você possa sucumbir a ela com o mesmo sorriso confiante que exibiu nos embates de que saiu vencedor. Sendo industrial e político, você tem lidado com a morte de forma estóica e socrática.
Em São Paulo, 11 de Agosto de 2009 – 13:30h.