Comprei um novo disco rígido externo, de 2.5”, conexão USB, com 500 GB (0.5 TB) de capacidade, para guardar minhas fotos digitais – pelo menos para tentar guardá-las – todas em um disco só… Já tentei fazer isso no passado, sem muito sucesso. As fotos se multiplicam feito praga…
Mas descobri coisas interessantes…
Minha primeira câmera digital foi uma Sony Mavica, que usava disquete de 3.5” como meio de armazenamento, A resolução máxima da câmera era 640×480 pixels. Cabiam mais ou menos vinte fotos por disquete. Custou-me mil dólares.
As primeiras fotos tirei em 4 de Julho de 1999 – há cerca de dez anos e meio. Tirei nada menos do que 323 disquetes cheios de fotos – mais de seis mil fotos. (Para ser preciso, 6.470 fotos).
As primeiras fotos (tiradas em 4/7/1999, como disse) foram de minha filha mais velha, Andrea, e de meu genro Rick. Eles moram nos Estados Unidos, mas as fotos foram tiradas aqui no Brasil – no Belvedere da Estrada de Campos de Jordão, chegando em Campos, com aquele magnífico vale lá embaixo, onde hoje estão duas escolas Lumiar… O Belvedere e o vale foram extremamente importantes em minha vida nove anos depois. São ainda. Nunca vou me esquecer, nem do Belvedere, nem do magnífico vale ao qual o Belvedere se abre, e onde fica o Lageado – bairro rururbano de Santo Antonio do Pinhal, cidadezinha simpática que fica incrustada na Serra da Mantiqueira.
As últimas fotos foram tiradas quase quatro anos depois, em 22/4/2003, no dia exato do casamento de minha filha mais nova, a Patrícia, com o Rubens – de quem ela se separou no ano passado. Nelas estou com aquela fantasia de pai de noiva, terno, colete, aquele colarinho altinho… e muito, mas muito magro mesmo – fazia um pouco mais de um ano apenas que eu havia sofrido meu enfarte. Com o enfarte eu perdi uns 15 quilos em cerca de dois meses.
Minha primeira foto depois do enfarte foi tirada nos Estados Unidos, na casa da Andrea, no dia 15/05/2002, exatamente dois meses e meio depois do acontecimento (que se deu em 01/03/2002). Eu estou segurando a Olivia, filha mais velha da Andrea, que nasceu no dia 11/03/2002, dia em que saí do hospital. Dois meses depois eu estava nos Estados Unidos para visitá-la.
Tudo isso, e muito mais, foi registrado com a minha velha Mavica – hoje, literalmente, uma peça de museu.
Minha segunda câmera digital foi uma Sony CyberShot P72. Comprei-a no início de Maio de 2003, nos Estados Unidos, por ocasião de uma segunda visita à Olivia, agora já com mais de um ano. A câmera já usava um Memory Stick como meio de armazenamento e tinha uma resolução bem melhor: 3.2 Megapixels. A primeira foto tirada com ela foi, naturalmente, da Olivia, no dia 08/05/2003 (o dia 8/5 era o dia do aniversário de minha avó Angelina, mãe da minha mãe). Ela (a Olivia) está linda, linda, com seus olhos azulíssimos…
Imediatamente depois dessa viagem, que se deu nos primeiros dez dias de Maio de 2003, voltei aos Estados Unidos, para o Global Leaders Forum, em meados do mesmo mês. No dia 17/5 fiz um pequeno discurso, como parte do keynote speech da Vice-Presidente Corporativa da Microsoft, Maggie Wilderotter, que fez o lançamento mundial do Programa "Partners in Learning" ("Parceiros na Aprendizagem", em Português), para cujo International Advisory Board havia sido convidado por Greg Butler. Ao final de minha fala apresentei um vídeo de uns cinco minutos do então Ministro da Educação Cristóvam Buarque.
A última foto tirada com a Sony CybersShot P72 foi tirada no dia 24/03/2004, em San José, Costa Rica, onde eu estava para uma reunião da Caribbean and Central American (CCA) Division da Microsoft, da qual eu era consultor para a implementação do programa "Partners in Learning" ("Allianza por la Educación", em Espanhol). A câmera não durou muito tempo comigo. Começou a dar problemas – e eu a abandonei… Mas essa última foto tem o número 3262. Isso quer dizer que, com a minha primeira e a minha segunda câmera digital, juntas, tirei quase dez mil fotos. (No dia 23/4 ganhei da Microsoft Puerto Rico um tablet computer, marca Compaq. Ainda brinco com ele de vez em quando). Lá, no dia 25/3, fiz um dueto de "Silencio" com minha amiga Yolanda Ramos, então gerente de educação da Microsoft para toda a região. Não conseguimos ultrapassar Ibrahim Ferrer e Omara Portuondo, mas saiu bem… (Para ver e ouvir Ferrer e Portuondo [vale a pena], vá até o YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=6VzsT5OswHk&feature=related).
Há uma lacuna neste ponto nos meus arquivos. De 24/03/2004 minhas fotos pulam para 06/06/2004, dois meses e meio depois… Não sei se eu não tirei nenhuma foto de 24/03/2004 até 06/06/2004 (hoje parece impossível que não o tenha feito), ou se eu tirei fotos e de alguma forma as perdi em algum dos meus cerca de vinte e cinco discos rígidos externos… De qualquer forma, quando as fotos reaparecem, eu já estou na minha terceira câmera digital…
Desta vez foi uma Canon PowerShot A200, também de 3.2 Megapixels. Ganhei-a da própria Canon, através da University of Virginia, em Charlottesville, VA, um dia antes de eu tirar a primeira foto (06/06/2004). Meu amigo Glen Bull, diretor do Center for Technology & Teacher Education da Universidade, foi quem conseguiu que a Canon doasse uma câmera dessas para cada um dos trinta participantes da Digital Storytelling Workshop. Eu era um deles. Foi uma experiência fabulosa, que produziu o meu filminho "Gabriel e eu" (vide http://contaoutra.net). Participei da workshop como parte de meus deveres de consultor do Programa "Partners in Learning" no Caribe e na América Central.
A primeira foto que tirei com a Canon PowerShot A200 foi do próprio Glen Bull — gente finíssima (sinto fazer tanto tempo que o vi pela última vez). A última foto tirada (antes de eu dar a câmera para o meu neto mais velho, o Gabriel) foi tirada no dia 29/05/2005, um ano e pouco depois. É do Marcelinho, meu neto, com o Rubens, pai dele. Foi tirada no meu sítio, em Salto. O Marcelinho, que nasceu em 06/04/2005, tinha menos de dois meses. É a foto de número de 6.662 com essa câmera.
Com o Canon PowerShot A200 tirei fotos em Campinas (onde morava), Salto (onde tenho o sítio), Jundiaí (onde o Rodrigo, meu filho, morava), Santo André (onde minha mãe morava e meus irmãos ainda moram), Rio das Ostras, João Pessoa, Charlottesville, Monticello (onde morou Thomas Jefferson, um dos meus heróis), Panama City, Mexico City, Caracas, Quito, Lima, Santiago, Valparaíso, Viña del Mar, Tokyo, Taipei, Victoria (BC, Canada, uma das cidades mais lindas que já me foi dado conhecer), Orlando, New Orleans, Phoenix, Seattle, Bellevue, Redmond, Chicago, Cleveland, Cortland (onde a Andrea mora)… Viajei bastante em menos de um ano: de 06/06/2004 a 29/05/2005. Talvez tenha sido o período de doze meses em que mais tenha viajado na vida… Quase não parei no Brasil.
Minha quarta câmera digital foi novamente uma Sony. Desta vez uma Sony CyberShot P200, de 7.2 Megapixels, preta, lindinha. Ainda a temos e usamos hoje. A Paloma é quem a usa mais, desde que eu comprei minha quinta câmera digital, sobre a qual falarei mais adiante…
Comprei a Sony CyberShot P200 nos Estados Unidos. A primeira foto foi tirada em 11/07/2005, e os fotografados foram a Patrícia, minha filha mais nova, segurando o Marcelinho, filho dela e meu neto, então com três meses (nasceu, como já disse, em 06/04/2005).
A última foto tirada com a câmera antes de eu mudar para a nova câmera (a quinta) foi tirada no dia do trigésimo quarto aniversário da Paloma, 15/05/2009. Os fotografados fomos a Paloma e eu. A foto tem o número 31040. A festa foi no Salão de Festas do edifício onde moramos na Chácara Klabin.
Ao todo, portanto, foram 31.040 fotos em um pouco menos de quatro anos, com essa câmera.
A câmera sofreu um acidente quando viajávamos, a Paloma e eu, pela Europa, em Janeiro deste ano. Estávamos em Zürich, a temperatura estava uns sete graus abaixo de zero, e eu estava com luvas de couro. Fui tirar a câmera do bolso do casaco para fotografar uma linda torre de igreja, e a derrubei no calçamento de paralelepípedos. Ela ficou virtualmente desmontada. Com muito cuidado, eu a fui remontando, e não é que a dita cuja voltou a funcionar normalmente? Bem: normalmente, não. No estágio seguinte da viagem, em London, a câmera começou a inserir uma mancha quase no meio das fotos. Fiquei encasquetado. Mas um dia dei um tapa nela e a mancha sumiu. Acho que era uma sujeirinha que havia se acomodado nos mecanismos de "visão" da câmera. Com o tapa, a sujeirinha deve ter mudado de lugar. Do tombo só sobraram uns arranhõezinhos na parte externa.
A minha quinta câmera digital eu comprei nos Estados Unidos (na Grande Washington, DC), dias antes de eu, a Paloma, a Bianca e a Priscilla sairmos em férias nos Estados Unidos, no último mês de Junho. É uma Canon EOS Rebel XSI D-SLR – uma belezinha que sempre cobicei. Comprei-a com uma lente de alcance normal (18-55 mm) e uma telefoto (55-250 mm). Ela tira fotos com até 12 Megapixels. Custou os mesmos mil dólares que a Sony Mavica havia me custado dez anos antes (quase no dia).
A primeira foto com a nova câmera foi tirada no dia 30/06/2009, quase exatamente dez anos depois da primeira foto com a Sony Mavica (que foi tirada em 04/07/1999). O fotografado foi abajur do nosso quarto no Sheraton, em Reston, VA. (Estava testando a câmera…) A última foto, a de número 4.782, foi tirada no dia 21/11/2009, véspera do aniversário da Patrícia, e os fotografados foram a Patrícia, o Marcelinho, o Matheus, a Priscilla e a Raphaella jogando (algum tipo de jogo)no chão da sala no sítio, em Salto. Não sei por que não tirei nenhuma foto com ela no dia seguinte, 22/11/2009, dia do trigésimo quarto aniversário da Patrícia – e um dia em que fiquei muito feliz por ela ter decidido passar comigo e com a Paloma no sítio. O meu irmão, Flávio, e o seu filho, meu sobrinho Flavinho, também estiveram lá. A Bianca e a Priscilla, e sua amiga Raphaella, também estavam no sítio na ocasião.
Resumindo, do dia 04/07/1999 até o dia 21/11/2009 foram tiradas, com câmeras minhas, 52.216 fotos digitais, assim distribuídas:
06470 – Sony Mavica
03262 – Sony CyberShot P72
06662 – Canon PowerShot A200
31040 – Sony CyberShot P200
04782 – Canon EOS Rebel XSI D-SLR
52216 – Total
Fora essas fotos, foram tiradas inúmeras fotos digitais com telefones (Motorola, Nokia, Samsung, meus e da Paloma). E a Paloma continuou a tirar fotos com a Sony CyberShot P200, que não contabilizei aqui, por se sobreporem, no tempo, à era da Rebel. E provavelmente tenho umas 40.000 fotos (estimativa com base no número de arquivos) copiadas de câmeras de terceiros (especialmente parentes e amigos, mas também de fotógrafos a serviço da Microsoft).
É uma coisa incrível: uma média de cinco mil fotos por ano – bem mais de dez por dia, na média. Com a Rebel, tirei quase cinco mil fotos em cinco meses… Uma média de mil por mês, mais de trinta por dia!!! Por aí.
Onde vamos parar com isso? Depois de tirar tanta foto, sobrará tempo para apreciá-las, para lembrar os bons momentos, para curtir a vida vivida?
Em São Paulo, 17 de Novembro de 2009
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