Em Novembro de 1998, quinze anos atrás este mês, escrevi um artigo no blog que tinha no site do Instituto JMC, que eu mantinha, com o título:
35 Anos Atrás: Meu Ano de 1963
http://institutojmc.wordpress.com/2010/03/08/trinta-e-cinco-anos-atras-%E2%80%93-meu-ano-de-1963/
Naquele mês e ano — Novembro de 1963 — eu terminava o Curso Colegial, Modalidade Clássico (equivalente ao Ensino Médio de hoje, naquela instituição educacional, que veio a ser fechada pela Igreja Presbiteriana do Brasil em 1970, por razões nunca explicadas.
(Este ano de 2013, exatamente cinquenta anos depois, minha filha-enteada, Bianca, também termina o Ensino Médio. Ela nasceu em 1996 — eu em 1943, 53 anos antes… Demorei cerca de dois anos para entrar na escola e parei de estudar durante um ano: 1960).
No ano seguinte, 1964, fatídico, eu iria (como fui) para o Seminário Presbiteriano de Campinas. Lá minha festa de calouro seria no dia Primeiro de Abril — primeiro dia do Golpe de Estado que pôs o governo nas mãos dos militares.
Dias antes de minha festa de formatura no JMC fizemos uma viagem de ônibus de 30 dias, os formandos do Clássico e os do Ginásio, pelo Sul do Brasil. Saímos de Jandira, passamos em Curitiba, Camboriú, Florianópolis, Tubarão, Porto Alegre, Lajes, Curitiba de novo, e voltamos para Jandira.
Enquanto estávamos em Florianópolis, no dia 22 de Novembro, numa praia deserta e fria, ficamos sabendo, através de um radiozinho portátil que alguém carregava, que o presidente Kennedy havia sido assassinado.
Tudo isso faz 50 anos este mês.
O dia 22 de Novembro já fazia parte de meu imaginário.
Havia uma canção de Cascatinha e Inhana, chamada Santa Cecília, que eu conhecia aparentemente desde sempre, que dizia que 22 de Novembro era o dia da consagração da Santa Cecília. Aquilo ficou na minha cabeça.
Em 1959, ano que terminei o Ginásio, tive uma namorada chamada Cecília — que, não surpreendentemente, aniversariava no dia 22 de Novembro. Nesse dia, dei-lhe um colar de presente e fomos assistir Suplício de uma Saudade, no Cine Tangará, em Santo André — onde, dias depois, seria nossa formatura. Eu tinha 16 anos.
Anos depois, em 1975, minha segunda filha nasceu em 22 de Novembro — mas não lhe dei o nome de Cecília. Chamou-se (ainda se chama) Patrícia.
Agora estamos nos aproximado do quinquagésimo aniversário da morte do Kennedy – e do trigésimo oitavo aniversário da Patrícia.
Um relato, talvez desnecessária e exageradamente detalhado, de minhas atividades em 1963 pode ser lido no artigo de 1998. Aqui, 15 anos depois, fica apenas o registro de que estou aqui ainda.
Falei de três namoradas no texto. Isso poderia trazer problemas para qualquer um. Mas a Paloma sabe que o maior amor é o último.
Em São Paulo, 19 de Novembro de 2013
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