A Copa

ESTOU TORCENDO CONTRA O BRASIL NESTA COPA.
A razão para isso sempre foi evidente para mim mas ficou evidente, ontem, no discurso da PresidANTA na TV (pago pelo nosso dinheiro), para quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver: O PT vai tentar se apropriar de qualquer eventual resultado positivo da Seleção Brasileira ao final da Copa. Ainda que seja um quarto lugar.

O PT não joga bola, não sabe treinar jogadores de futebol, não sabe nem como construir estádios. Não sabe nem usar direito a Copa para se promover. Mas vai tentar se apropriar de qualquer resultado positivo que a Copa possa ter para o Brasil.

Por isso, PREFIRO QUE QUALQUER PAÍS GANHE, MENOS O BRASIL. Tenho minhas preferências: Portugal, Uruguai, Argentina, por aí vai, nessa ordem. Portugal porque é o país dos meus ancestrais. Uruguai para doer bastante perder a segunda Copa em casa para o mesmo país. Argentina, porque é nosso principal rival nas Américas. Quero que perca e que a perda doa no coração brasileiro.

Por isso, em todas as minhas listas de preferência, o Brasil aparece sempre EM ÚLTIMO.

Gostaria, na verdade, que o Brasil fosse desclassificado na primeira fase com zero pontos e com zero gols — e um saldo de gols altamente negativo.

Sinto-me raivosamente assim acerca dessa coisa que começa amanhã — mas acerca da qual o PT já disse: se a Seleção Brasileira ganhar, o mérito é meu; se perder, a culpa é dos derrotistas da oposição. Torço para perder, porque, se perder, EU GANHO — na verdade, ganhamos todos nós, os brasileiros.

Se o Brasil perder, e, melhor, se perder FEIO, o PT nunca vai se recuperar. Lulla e Dillma já não têm coragem de aparecer num campo de futebol. Se a derrota for feia, como torço para ser, não vão ter coragem de aparecer na rua.

Em São Paulo, 11 de Junho de 2014

Futebol, Religião e Política

Em 17 de Fevereiro de 2008, mais de seis anos atrás, escrevi neste Blog um artigo chamado “Há Conversão no Futebol?”

(http://liberalspace.net/2008/02/17/ha-conversao-no-futebol/)

No artigo aduzi várias evidências para a tese de que a conversão no futebol é evento mais raro do que a conversão na religião e na política.

Eis meus argumentos – e, embora a etiqueta literária não recomende a prática, cito a mim mesmo:

“Quando dois se casam, se a mulher é realmente torcedora de um time, quase nunca se converte para o time do marido.

Meu irmão, Flávio Chaves, palmeirense doente, casou-se, longos anos atrás (já tem um neto, ele, também, Gabriel), com uma corintiana. Não só ela não se tornou palmeirense como conseguiu que meus dois sobrinhos, filhos deles, contraíssem essa doença que é ser corintiano.

Meu amigo Roberto Carvalho, são-paulino de quatro costados, casou-se com a também minha amiga, Adriana Martinelli — palmeirense. Ela se converteu para o SPFC? Nem pensando. Neste caso, porém, ela perdeu a custódia futebolística dos dois filhos, ambos são-paulinos desde a maternidade.

. . .

Enfim: pelo jeito, a mulher se converte — em geral quando ainda é namorada — apenas quando não liga muito para o futebol e realmente não torce — quero dizer T-O-R-C-E — para um time. Converte-se porque, não torcendo para nenhum time, não custa nada fazer um agradozinho para o (em regra futuro) marido. Se trocarem de marido um dia, provavelmente trocarão também de time…

Aqui entre nós, nunca vi um caso de homem se converter para o time da mulher nem antes nem muito menos depois do casamento.”

Fim da citação.

No entanto, apesar de conversões “entre cônjuges” serem raras no futebol, não são raras na religião e acontecem até mesmo na política. E o mais curioso é que, na religião, em geral é o marido que se converte para a religião da mulher… Talvez sinal de que, para o homem, a religião é bem menos importante do que o futebol.

Na política a regra não é conversão “entre cônjuges”, mas, sim, conversão à medida que o tempo passa. Já disse alguém que a pessoa que não foi socialista antes dos 30 anos não tem coração – mas aquela que continua sendo socialista depois dos 30 não tem cérebro…

Enfim… Não quero rediscutir aqui o que discuti seis anos atrás. Quero abordar a questão da tríade futebol, religião e política de um outro ângulo: Por que discordâncias políticas são mais irritantes do que discordâncias religiosas ou futebolísticas?

Minha questão – algum leitor familiarizado com a Lógica poderá dizer – traz em si uma falácia: ela pressupõe uma resposta afirmativa a uma questão anterior que não foi sequer formulada. Ela é análoga à conhecida questão (hoje politicamente incorreta) “Por que você parou de bater em sua mulher?” A maior parte dos homens responderia dizendo: “Ora, eu nunca bati em minha mulher, como é que você me vem com essa pergunta absurda agora?”.

Em minha questão pressuponho, por experiência própria e observação, que discordâncias em futebol e religião são menos irritantes do que discordâncias em política. E me pergunto por quê.

Fui instigado a pensar sobre isso ao comprar um livro chamado The Righteous Mind: Why Good People Are Divided by Politics and Religion, de Jonathan Haidt (Pantheon Books, New York, 2012). O livro foi publicado nos Estados Unidos em 2012 e foi escrito por um americano (do estado sulista de Virginia – o grande estado de Thomas Jefferson e James Madison). Todos sabemos que a sociedade americana anda bastante dividida entre “azuis” (a esquerda social-democrata, lá chamada de liberalismo) e os “vermelhos” (uma mescla ou aliança de direita religiosa fundamentalista e liberalismo econômico clássico). Sendo americano, o autor não inclui o futebol como fator de divisão social.

Minha experiência pessoal e minhas observações me mostram que, apesar da violência que caracteriza os marginais das torcidas organizadas, as pessoas normais (sic) são capazes de tolerar, e tomar como brincadeira, um bocado de abuso de torcedores de outros times de futebol. Eu, por exemplo, sou são-paulino roxo, mas não me importo de que chamem os são-paulinos de bambi ou que, no passado, chamassem o grande Mauro Ramos de Oliveira de Martha Rocha. E aguento bem outras gozações de corintianos, palmeirenses e santistas. Tenho grandes amigos corintianos: Edson Saggiorato, Enézio Eugênio de Almeida Filho, Jarbas Novelino Barato. Como disse na citação acima, minha cunhada, Inês, e meus sobrinhos Flávio e César, todos pessoas muito queridas, têm a infelicidade de ser corintianos. Nem por isso gosto deles menos. O próprio Flávio, meu irmão, as minhas irmãs Priscila e Eliane, o meu cunhado João, os meus sobrinhos Vítor e Diogo, são todos palmeirenses – que não é tão ruim quanto ser corintiano, mas é suficientemente ruim. E eu gosto muito de todos eles. E a gente se provoca, se cutuca, mas tudo numa boa. As brincadeiras e gozações nessa área não me irritam em nada.

No tocante à religião, embora as brincadeiras e gozações apareçam com menor frequência, elas raramente me irritam. Meu amigo Edson e sua mulher Sílvia são espíritas. O Enézio é presbiteriano conservador. O Jarbas é um ex-seminarista católico que hoje é ateu. O Flávio é presbiteriano, a Eliane e família são luteranos. A Paloma já foi metodista, Renascer, batista… E assim vai, tudo numa boa. Pouca coisa me irrita aqui – exceto fanatismo fundamentalista.

Mas no tocante a política, irrito-me com enorme facilidade – especialmente com os esquerdistas simpatizantes com o PT. Já fui mais tolerante, admito. Mas minha tolerância nessa área tem se reduzido bastante e muito rapidamente. Quando encontrei uma página no Facebook em defesa do José Dirceu, chamando-o de herói nacional, patati-patatá, tive literalmente vontade de vomitar, e, tendo vomitado, bloquear para sempre uns (felizmente pouquíssimos) amigos meus que haviam endossado a página.

Por que tolero bem divergências futebolísticas e religiosas e sou cada vez menos tolerante em relação a divergências políticas mais radicais? Esclareço que não morro de amores pelo FHC, pelo Serra, pelo Aécio, nem pelo Eduardo Campos e pela Marina. Mas eles não chegam a me irritar como me irritam o Lulla, a Dillma, e outros vermes mais miúdos. E sinto que, para boa parte da população brasileira, esses dois estão, ó, “porraqui”.

Nos Estados Unidos, também, os tea-partists do centro do país e a esquerda Pierre Cardin das duas costas (Atlântica e Pacífica) não se toleram. Se houver uma nova Guerra Civil lá, não será mais entre o Norte e o Sul: será entre o miolo e as bordas laterais. Aqui no Brasil, imagino, se vier a haver uma, como prognostica o Enézio, será entre o Sul/Sudeste e o Norte/Nordeste.

Vou ler o livro para ver se descubro por que a política é capaz de tirar a gente do sério.

Em São Paulo, 25 de Abril de 2014

A América Latina e a Fórmula 1

A América Latina está mal na Formula 1. Tem só um GP, o do Brasil, o mesmo que a Oceania (que tem o GP da Australia). Mas compare-se o número de países e de habitantes nos dois blocos de países. (A AL por si não é um continente).

O Oriente Médio tem dois GP (Bahrain e Emirados Árabes Unidos).

As três Américas têm três GP (contando com o do Brasil, mais os dos Estados Unidos e do Canadá).

A Ásia tem seis GP.

E a Europa tem oito GPs.

A continuar a coisa nesse ritmo, logo o Oriente Médio ultrapassa as três Américas. E há chance de o Brasil perder o seu para o México, ou para a Argentina, ou para o Chile. Mesmo que fique no Brasil, SP pode perde-lo para o RJ.

TOTAL: 20 GP, como segue:

08/03 – GP da Austrália / Melbourne: Jenson Button

25/03 – GP da Malásia / Kuala Lumpur: Fernando Alonso

15/04 – GP da China / Xangai: Nico Rosberg

22/04 – GP do Bahrein / Manama: Sebastian Vettel

13/05 – GP da Espanha / Barcelona: Pastor Maldonado

27/05 – GP de Mônaco / Monte Carlo: Mark Webber

10/06 – GP do Canadá / Montreal: Lewis Hamilton

24/06 – GP da Europa / Valência: Fernando Alonso

08/07 – GP da Inglaterra / Silverstone: Mark Webber

22/07 – GP da Alemanha / Hockenheim: Fernando Alonso

29/07 – GP da Hungria / Budapeste: Lewis Hamilton

02/09 – GP da Bélgica / Francorchamps: Jenson Button

09/09 – GP da Itália / Monza: Lewis Hamilton

23/09 – GP de Cingapura / Cingapura: Sebastian Vettel

07/10 – GP do Japão / Suzuka: Sebastian Vettel

14/10 – GP da Coreia do Sul / Yeongam: Sebastian Vettel

28/10 – GP da Índia / Nova Déli: Sebastian Vettel

04/11 – GP dos Emirados / Abu Dhabi: Kimi Räikkönen

18/11 – GP dos Estados Unidos / Austin: ?

25/11 – GP do Brasil / São Paulo: ?

Em São Paulo, 18 de Novembro de 2012 (Dia do GP dos Estados Unidos)

Campeonatos Mundiais de Futebol Interclubes (1960-2011)

Alguma forma de campeonato mundial interclubes existe desde 1960. Já mudou de nome e mesmo de natureza duas vezes, desde então. No início era apenas uma disputa, em dois jogos, entre o Campeão da Europa e o Campeão das Américas. Hoje os campeõs da Ásia, do Oriente Médio e da África também participam.

Nestes 52 anos houve 50 campeonatos — e, portanto, 50 campeões. Em dois anos não houve campeonato.

O pretenso campeonato de 2000 no Brasil, com apoio da FIFA, considero uma excrescência e, portanto, não o levo em conta. O campeão de 2000 é o Boca Juniors, que ganhou a legítima Copa Européia – Sul Americana Toyota daquele ano, que, por sinal, continuou a ser a Copa do Mundo de Futebol Interclubes nos anos de 2001, 2002, 2003 e 2004, em que essa brincadeira da FIFA não teve continuidade. Em 2005 a Copa Toyota foi sacrementada pela FIFA, com as mudanças indicadas atrás, e, naquele ano, sagrou-se campeão o São Paulo — que, assim, é o primeiro legítimo campeão da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

Outra excrescência é o suposto campeonato mundial (Copa Rio) que o Palmeiras ganhou  em 1951 e que a FIFA teria reconhecido como o primeiro Campeonato Mundial Interclubes. Um absurdo. Depois viriam oito anos sem campeonatos.

Dá pra gente até acreditar que dinheiro anda correndo por aí para reconhecimento de títulos.

Copa do Mundo de Clubes FIFA (2005-hoje: 7 anos e 7 campeonatos)

2011 Barcelona
2011 Internationale – Milano
2009 Barcelona
2008 Manchester United
2007 Milan
2006 Internacional – Porto Alegre
2005 São Paulo

Copa Européia – Sul Americana Toyota (1980-2004: 25 anos e campeonatos)

2004 Porto
2003 Boca Juniors
2002 Real Madrid
2001 Bayern – München
2000 Boca Juniors
1999 Manchester United
1998 Real Madrid
1997 Borussia – Dotmund
1996 Juventus
1995 Ajax
1994 Velez Sarsfield
1993 São Paulo
1992 São Paulo
1991 Estrela Vermelha
1990 Milan
1989 Milan
1988 Nacional – Montivideo
1987 Porto
1986 River Plate
1985 Juventus
1984 Independiente
1983 Gremio – Porto Alegre
1982 Peñarol
1981 Flamengo
1980 Nacional – Montividéo

Copa Interamericana (1960-1979: 20 anos, 18 campeonatos)

1979 Olympia – Assunción
1978 Não houve
1977 Boca Juniors
1976 Bayern – München
1975 Não houve
1974 Atlético – Madrid
1973 Independiente
1972 Ajax
1971 Nacional – Montividéo
1970 Feyenoord
1969 Milan
1968 Estudiantes
1967 Racing
1966 Peñarol
1965 Internazionale – Milano
1964 Internazionale – Milano
1963 Santos
1962 Santos
1961 Peñarol
1960 Real Madrid

Times mais ganhadores

4 Milan
3 Internazionale – Milano
3 Real Madrid
3 São Paulo
3 Boca Juniors
3 Peñarol
3 Nacional – Montividéo
2 Barcelona
2 Manchester United
2 Bayern – München
2 Juventus
2 Ajax
2 Porto
2 Santos
2 Independiente
1 Borussia
1 Estrela Vermelha
1 Atletico – Madrid
1 Feyenoord
1 Velez Sarsfield
1 River Plate
1 Gremio
1 Flamengo
1 Internacional – Porto Alegre
1 Olympia
1 Estudiantes
1 Racing

50 TÍTULOS (7+25+18)

Em São Paulo, 18 de Dezembro de 2011

O Super Bowl

O Super Bowl de número 45 está chegando. Meu time, o Pittsburgh Steelers, está no páreo. O Steelers, de Pittsburgh, PA, cidade em que passei cinco anos estudando, de 1967 a 1972, já ganhou o SuperBowl seis vezes – sendo o recordista de campeonatos. O primeiro Super Bowl foi, portanto, em 1967, ano que cheguei aos Estados Unidos. Os dois primeiros Super Bowls foram ganhos pelo Green Bay Packers.

O Dallas Cowboys e o San Francisco 49ers vêm em segundo lugar no quesito número de vitórias no SuperBowl, com cinco vitórias cada.

Eis aqui a lista, com o número do Super Bowl, o ano, a data do jogo, quem ganhou, o resultado, e contra quem foi o jogo. A formatação aqui é meio ruim… Mas eu forneço abaixo o link de onde tirei os dados.

01    1967 (15 January, 1967)    Green Bay Packers       35-10    Kansas City Chiefs
02    1968 (January 14, 1968)    Green Bay Packers      33-14    Oakland Raiders
03    1969 (January 12, 1969)    New York Jets              16–07     Indianapolis Colts
04    1970 (January 11, 1970)    Kansas City Chiefs        23–07     Minnesota Vikings
05    1971 (January 17, 1971)    Baltimore Colts               16–13     Dallas Cowboys
06    1972 (January 16, 1972)    Dallas Cowboys              24–03     Miami Dolphins
07    1973 (January 14, 1973)    St Louis Rams                 14–07     Washington Redskins
08    1974 (January 13, 1974)    Miami Dolphins              24–07     Minnesota Vikings
09    1975 (January 12, 1975)    Pittsburgh Steelers        16–06     Minnesota Vikings
10    1976 (January 18, 1976)    Pittsburgh Steelers         21–17    Dallas Cowboys
11    1977 (January 09, 1977)    Oakland Raiders              32–14    Minnesota Vikings
12    1978 (January 15, 1978)    Dallas Cowboys                27–10    Denver Broncos
13    1979 (January 21, 1979)    Pittsburgh Steelers         35–31    Dallas Cowboys
14    1980 (January 20, 1980)    Pittsburgh Steelers        31–19    St. Louis Rams
15    1981 (January 25, 1981)    Oakland Raiders              27–10    Philadelphia Eagles
16    1982 (January 24, 1982)    San Francisco 49ers        26–21    Cincinnati Bengals
17    1983 (January 30, 1983)    Washington Redskins      27–17    Miami Dolphins
18    1984 (January 22, 1984)    Oakland Raiders              38–09     Washington Redskins
19    1985 (January 20, 1985)    San Francisco 49ers        38–16    Miami Dolphins
20    1986 (January 26, 1986)    Chicago Bears                  46–10    New England Patriots
21    1987 (January 25, 1987)    New York Giants             39–20    Denver Broncos
22    1988 (January 31, 1988)    Washington Redskins     42–10    Denver Broncos
23    1989 (January 22, 1989)    San Francisco 49ers       20–16    Cincinnati Bengal
24    1990 (January 28, 1990)    San Francisco 49ers       55–10    Denver Broncos
25    1991 (January 27, 1991)    New York Giants              20–19    Buffalo Bills
26    1992 (January 26, 1992)    Washington Redskins      37–24    Buffalo Bills
27    1993 (January 31, 1993)    Dallas Cowboys                 52–17    Buffalo Bills
28    1994 (January 30, 1994)    Dallas Cowboys                30–13    Buffalo Bills
29    1995 (January 29, 1995)    San Francisco 49ers         49–26    San Diego Chargers
30    1996 (January 28, 1996)    Dallas Cowboys                 27–17    Pittsburgh Steelers
31    1997 (January 26, 1997)    Green Bay Packers            35–21    New England Patriots
32    1998 (January 25, 1998)    Denver Broncos                 31–24    Green Bay Packers
33    1999 (January 31, 1999)    Denver Broncos                 34–19    Atlanta Falcons
34    2000 (January 30, 2000)    St. Louis Rams                 23–16    Tennessee Titans
35    2001 (January 28, 2001)    Baltimore Ravens              34–07     New York Giants
36    2002 (February 3, 2002)    New England Patriots       20–17    St. Louis Rams
37    2003 (January 26, 2003)    Tampa Bay Buccaneers    48–21    Oakland Raiders
38    2004 (February 1, 2004)    New England Patriots       32–29    Carolina Panthers
39    2005 (February 6, 2005)    New England Patriots       24–21    Philadelphia Eagles
40    2006 (February 5, 2006)    Pittsburgh Steelers           21–10    Seattle Seahawks
41    2007 (February 4, 2007)    Indianapolis Colts               29–17    Chicago Bears
42    2008 (February 3, 2008)    New York Giants                17–14    New England Patriots
43    2009 (February 1, 2009)    Pittsburgh Steelers            27–23    Arizona Cardinals
44    2010 (February 7, 2010)    New Orleans Saints             31–17    Indianapolis Colts

The Pittsburgh Steelers have won the most Super Bowls with six championships

The Dallas Cowboys and San Francisco 49ers have five wins each

Dallas has had the most Super Bowl appearances, playing in eight               

The Buffalo Bills, Denver Broncos, and Minnesota Vikings each have lost a record four Super Bowls               

Buffalo and Minnesota are both 0–4 in the Super Bowl

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Super_Bowl_champions               

Em São Paulo, 17 de Janeiro de 2011

Pouca vergonha !!! (Parte 1)

O artigo transcrito abaixo é da jornalista Leonor Macedo, jornalista e corintiana. Está transcrito no Blog do Juca Kfouri de hoje, disponível no UOL. O texto do Juca, que também é corinthiano, diz apenas: “É preciso dizer mais alguma coisa?” ao mostrar uma foto de capa de O Fiel – O Jornal Oficial do Corinthians, de ontem 30 de Novembro de 2009. A foto tem a legenda: “Doce derrota: Timão perde para o Flamengo mas atrapalha os seus rivais na luta pelo título brasileiro”.

 

O Fiel

Seus rivais? Atrapalha o São Paulo. O Palmeiras até foi ajudado pela vitória do Flamengo. O Corinthians, hoje, mais do que ganhar um jogo, quer ver o São Paulo perder o título, perder a hegemonia do Brasileirão, não ser tetra seguido e hepta no descontínuo. 

Uma vergonha. Dá vontade de nunca mais olhar futebol.

Há dias, depois do fim de semana anterior, alguém escreveu no FaceBook que agora (então) ninguém segurava mais o Flamengo, porque o time, que tinha com a maior torcida do Brasil, iria agora contar também com o apoio da a segunda maior torcida. Não achei possível. Santa ingenuidade.

Abaixo, o artigo de Leonor Macedo. Como diz o Juca, não é preciso dizer mais nada.

Descobri a matéria através de uma referência ao blog do Juca no FaceBook de meu amigo Hélio Oliveira Gandhi Ferrari, também corinthiano. O Gandhi diz: “Alguém escreveu exatamente o que eu penso”

Que bom. Este é o outro lado da medalha. De um lado um bando de jogadores que não honra o dinheiro que ganha. Mas do outro, felizmente, ainda há corinthianos como Juca, Leonor e Gandhi, que têm uma vergonha maior do que a minha revolta.

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http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-11-29_2009-12-05.html#2009_11-30_16_48_22-9991446-0

CORINTHIANISMO

Por LEONOR MACEDO*

Se você gosta de futebol e já sabia que a rodada de domingo, 29/11, estava arranjada para favorecer o Flamengo antes mesmo de ela acontecer, aconselho que desista do esporte.

Que tente canalizar sua energia para algo mais legítimo, mais honesto, mais respeitoso, mais digno.

Porque futebol é isso: é o ópio do povo, é irracional e se pararmos para pensar, a gente pára de gostar.

É amor, é paixão, é utopia, é ingenuidade. É burrice.

Fui para Campinas, com toda a minha burrice e ingenuidade, confiando no discurso da diretoria do Corinthians e dos jogadores de que seria o "jogo do ano".

Ronaldo prometeu uma chuva de gols, outros jogadores afirmaram que dariam o sangue, o técnico se irritou ao ser questionado sobre um possível favorecimento ao Flamengo para eliminar as chances do São Paulo ser campeão: "o Corinthians estará empenhado para ganhar. Se o São Paulo não fez a sua parte, não é um problema nosso."

Acreditei e fui confiante!

Comprei meu ingresso mesmo sabendo que a renda do futebol seria destinada ao carnaval do centenário, em 2010.

Mesmo sabendo que o correto é utilizar a arrecadação do futebol com o futebol. Fui porque meu amor pelo futebol é muito maior do que meu ódio pelo carnaval.

Cheguei a Campinas cedo, ganhei uma carona de carro e almocei em um shopping relativamente próximo ao estádio.

Vi dezenas de corinthianos exibindo suas camisas orgulhosos, confiantes na equipe, assim como eu.

Porque me recuso a acreditar que algum corinthiano realmente estivesse interessado em uma derrota para o Flamengo apenas para prejudicar o São Paulo.

A rivalidade não pode ser maior do que a vontade de ver seu time ganhar qualquer coisa, até campeonato de Master.

Cresci aprendendo que existem apenas dois tipos de torcida no Brasil: a corinthiana e a anticorinthiana.

A nossa, até então, era a corinthiana.

Quando entrei no estádio (com uma entrada relativamente organizada nas catracas do Fiel Torcedor, diga-se de passagem), acomodei-me em um degrau semi-alagado e vi o Brinco de Ouro da Princesa lotar de corinthianos e flamenguistas, que também compareceram.

Foi quando Evandro Roman apitou e a vergonha começou.

Não falo apenas de erros grotescos de arbitragem porque, se eu sou ingênua a ponto de acreditar na hombridade de um elenco todo, sempre acreditei em juiz ladrão.

Falo de corpo mole, de recuar a bola para o goleiro em um ataque, de 90% de passes errados, de contusões inexplicáveis, da expulsão do nosso capitão, do nosso técnico.

De 10 jogadores caminharem dentro de campo (o único que tentou foi Defederico, que não fala português e que talvez não tenha entendido a recomendação de entregar uma partida), de um goleiro não tentar pegar a bola em forma de "protesto" contra a arbitragem (e o melhor protesto que ele podia ter feito ali era agarrar o pênalti e honrar os milhares de corinthianos que estavam na arquibancada).

De o nosso elenco fazer o que fez estampando o rosto de centenas de corinthianos na nossa camisa (a obrigação de ganhar a partida podia ser só por esse motivo).

De ouvir um meia do Corinthians que está de férias desde o fim do Campeonato Paulista justificar seus erros na arbitragem (concordo, Elias, que o juiz errou, é péssimo e tem que ser punido, mas quando foi que o Corinthians dependeu de juiz?).

De ver o nosso técnico ser expulso quando ele é o primeiro que tem que manter a cabeça fria para dar tranqüilidade ao elenco, honrando o salário milionário que ele recebe. E depois reclamar da arbitragem também, sendo que o próprio, no meio do campeonato, afirmou que a prioridade nunca foi o Campeonato Brasileiro, mas o time em 2010.

A prioridade, senhor Mano Menezes, é respeitar o torcedor do Corinthians e tentar vencer tudo o que se propuser a ganhar.

Eu não tenho seis meses de férias, nem ganho um centésimo do que o senhor ganha e trabalho com seriedade.

Saí do estádio sem conseguir falar uma palavra.

Atônita e surpresa sim, porque eu acreditava que o elenco do Corinthians pudesse, pelo menos, honrar aqueles que acreditavam.

Porque sempre acreditei que eu, como torcedora, pudesse ter alguma importância (mesmo que financeira) para o clube.

Voltei para São Paulo pensando que por muito menos a torcida expulsou do clube um dos maiores jogadores da história do futebol, o Rivelino.

Que, mesmo naquele contexto importantíssimo que é um Corinthians X Palmeiras, ele pode ter errado, mas jamais entregado uma partida a nosso rival.

Que a gente pode ter perdido um clássico, um título, mas que não perdemos a dignidade tanto quanto neste domingo, em Campinas.

Nem quando fomos rebaixados para a Série B.

Sei que a falta de dignidade não é única e exclusiva da diretoria do Corinthians.

No próximo fim-de-semana, por exemplo, é a última rodada do campeonato e o Grêmio anunciou que pode escalar o time reserva contra o Flamengo apenas para prejudicar o Inter.

Que o mesmo Inter entregou uma partida para prejudicar o Corinthians contra o Goiás, em 2007.

Que muitas pessoas consideram isso absolutamente normal no futebol e depois reclamam de ética em seu trabalho, nas relações pessoais, enfim, em sua vida.

O futebol é espelho de tudo isto.

Se a falta de dignidade não é única e exclusiva da diretoria do Corinthians e do elenco corinthiano, é com ela sim que eu me preocupo, porque eles, infelizmente, carregam o escudo que eu defendo.

Se todos os anos para mim terminam com o fim da temporada de futebol, 2009 foi o ano que terminou mais cedo.

Curarei minha ressaca futebolística longe de Corinthians X Atlético Mineiro.

Sei que a minha fé no futebol retornará assim que a ressaca passar.

Que eu encerrarei o papo de "não bebo mais" e continuarei enchendo a cara dessa cachaça.

Que seguirei acreditando que outro futebol é possível: com dignidade, honestidade e hombridade.

Com jogador que defende o escudo do clube acima de qualquer dinheiro, com dirigente que recusa mala branca e leva em consideração sua torcida, com elenco que não entrega a partida, com torcedor apaixonado que prefere ver o time ganhar a ver o rival se dar mal.

Morrerei velhinha acreditando.

E precisarei de dois caixões: um para mim e outro para a minha santa ignorância.

* Leonor Macedo é corintiana e jornalista.

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Em 1 de Dezembro de 2009

Pittsburgh Steelers: hexacampeões nacionais de futebol (americano) [como, aqui, o glorioso SPFC (em futebol de verdade)]

Notícia da Folha de S. Paulo de hoje. Agora tenho o privilégio de ser bi-hexa… 🙂 Será que é meu karma que meus times sejam hexa-campeões nacionais???

02/02/2009 – 01h10

Steelers vencem Super Bowl das viradas e se tornam "os maiores"

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Numa das mais emocionantes e imprevisíveis decisões dos últimos tempos, o Pittsburgh Steelers se consagrou como a equipe mais vencedora da história da NFL (sigla em inglês para liga de futebol americano). O time do lançador Ben Roethlisberger e do técnico Mike Tomlin derrotou o Arizona Cardinals neste domingo por 27 a 23 em Tampa e se isolou como o grande nome do Super Bowl. O título só veio no último quarto, depois de duas viradas no placar.

JOGADA HERÓICA NO 2º QUARTO

Gene J. Puskar/AP

Harrison atravessa o campo após interceptar passe de Warner e marca o touch down

John Bazemore/AP

Em seguida, defensor dos Steelers recorre ao oxigênio para recuperar suas forças

Com o título na edição 43 da final da NFL, os Steelers superam Dallas Cowboys e San Francisco 49ers e chegam ao sexto título no Super Bowl. Derrotados em sua primeira aparição na final, o Arizona por sua vez continuam sem os famosos anéis de campeões do futebol americano.

Foi o triunfo de uma equipe mais eficiente na defesa, com um quarterback consistente e que explora basicamente os lançamentos em curta distância, sobre o segundo melhor ataque da NFL, com um lançador que arrisca demais e prioriza os passes de longa distância. No caso, Kurt Warner, campeão com o Saint Louis Rams em 2001.

Mais cauteloso e 11 anos mais jovem que Warner (37), "Big Ben" Roethlisberger faturou seu segundo título (havia triunfado com o Pittsburgh em 2006, como mais jovem quarterback campeão) apoiado em seu jogo de avanços precisos de curta e média distância.

O Pittsburgh foi o time que menos cedeu jardas aos adversários através de passes com uma média de 156,9 jardas durante a temporada regular. Para se ter uma ideia, o segundo foi o Baltimore Ravens com 179,7. Nas corridas, os Steelers chegaram à decisão com a segunda melhor defesa, cedendo apenas 80,2 jardas em média aos rivais. Com isso, o time foi o que menos sofreu pontos na primeira fase e teve um trabalho vital do setor para eliminar San Diego Chargers e Baltimore Ravens nos playoffs, antes do Super Bowl de Tampa.

Em tempos de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos, o técnico Mike Tomlin também cravou neste domingo seu nome na história do esporte mais popular do país, ao se tornar o segundo treinador negro campeão da NFL.

O título dos Steelers veio mesmo com a atuação espantosa do wide receiver Larry Fitzgerald, responsável por dois touch downs a favor dos Cardinals. Fitzgerald é o recordista na história de anotações em playoffs.

Em campo no primeiro quarto, o Pittsburgh chegou à end zone dos Cardinals logo na primeira incursão ao ataque, graças a um avanço do lançador Ben Roethlisberger. No entanto, a arbitragem decidiu anular o touch down, depois de rever a jogada pela TV, alegando que o camisa 7 dos Steelers tocou o joelho no solo antes de cruzar a linha final.

Mesmo assim, o time de Pittsburgh conseguiu inaugurar o placar no mesmo ataque, com um field goal de 18 jardas de Jeff Reed.
Os Steelers chegaram à vantagem de 10 a 0 logo no começo do segundo quarto. Perto da end zone, Roethlisberger optou pelo trabalho com o running back Gary Russel, que assegurou mais seis pontos aos Steelers. Em seguida, o chute do ponto extra consolidou os dois dígitos no placar.

Os Cardinals esboçaram uma reação logo depois, com o desabrochar de Warner. Primeiro, o lançador achou Anquan Boldin, que efetuou avanço de 45 jardas. Em seguida, Ben Patrick entrou na end zone e conferiu equilíbrio ao Super Bowl. Somado ao ponto extra, o Arizona diminuiu a diferença para 10 a 7.

A primeira jogada crucial para a definição do jogo aconteceu nos segundos finais do segundo quarto. O defensor dos Steelers James Harrison interceptou um passe de Warner na end zone contrária e correu o campo todo, de ponta a ponta para fazer touch down e aumentar a vantagem para seu time. Após o esforço, Harrison desabou no chão e, instantes depois, teve que recorrer ao balão de oxigênio para recobrar as forças.

John Mabanglo/EFE

Santonio Holmes foi o herói do último quarto, ao efetuar o touch down decisivo

Após o intervalo, os Steelers continuaram soberanos na defesa e conseguiram ampliar a vantagem com mais um field goal. Mas o instante de suspense veio no fim, quando Larry Fitzgerald, wide receiver estrela dos playoffs, pegou passe de Warner para dar mais um touch down ao Arizona.

A reação dos Cardinals ganhou força nos minutos finais, quando a arbitragem detectou uma infração em uma ação de ataque do Pittsburgh dentro da end zone. Ou seja, o Arizona ganhou dois pontos e mais uma posse de bola.

Em seguida, Warner conectou passe com o cabeludo Fitzgerald, que se desvencilhou da marcação dos Steelers e chegou à end zone inimiga em uma progressão de 64 jardas.

Mas quando tudo apontava para o título inédito dos Cardinals, Roethlisberger conseguiu empurrar o Pittsburgh para uma improvável virada. Quase saindo de suas características, o lançador arriscou e, no passe final, achou Santonio Holmes na end zone para selar o dramático 6º título dos Steelers. A jogada acabou dando a Holmes o título de MVP (sigla para jogador mais valioso) da final.

Pouco mais de 72 mil pessoas acompanharam a partida no Raymond James Stadium e viram, além da vitória do Pittsburgh, o show do intervalo com o veterano cantor Bruce Springsteen. As imagens do Super Bowl 43 foram levadas para mais de 230 países ao redor do mundo.

PONTOS DO SUPER BOWL 43

PRIMEIRO QUARTO

STEELERS 3 a 0 – Kicker Jeff Reed converte field goal de 18 jardas e coloca o Pittsburgh logo de cara em vantagem.

SEGUNDO QUARTO

STEELERS 10 a 0 – O running back Gary Russel, recebe perto da end zone e faz o 1º touch down do jogo. O ponto extra consolida dois dígitos de vantagem dos Steelers.


CARDINALS reagem.. 10 a 7 –
Ben Patrick foi acionado por Kurt Warner e ingressa na end zone para marcar seis pontos. O ponto extra ainda ajuda a colocar o Arizona no jogo.

STEELERS 17 a 7 – O defensor James Harrison intercepta passe de Warner e corre o campo todo para fazer incrível touch down.

TERCEIRO QUARTO

STEELERS 20 a 7 – Jeff Reed converte mais um field goal e aumenta a vantagem do Pittsburgh

ÚLTIMO QUARTO

CARDINALS diminuem 20 a 14- Mesmo marcado em cima, Larry Fitzgerald pega passe diagonal de Warner para dar mais um touch down ao Arizona.

CARDINALS equilibram.. 20 a 16- Arbitragem detecta infração de ataque na end zone dos Steelers e concede

CARDINALS viram.. 23 a 20- Warner conecta passe com Fitzgerald, que se livra da marcação na corrida para fazer mais um touch down

STEELERS retomam o placar 27 a 23 – Roethlisberger arrisca e acha Santonio Holmes no limite lateral da end zone. É a jogada do título, com direito ao último extra point da temporada

Transcrito no Lageado, em Santo Antonio do Pinhal, 2 de Fevereiro de 2009

Ricos meninos pobres

Transcrevo, a seguir, com a autorização do autor, o artigo do Juca Kfouri na Folha de hoje.

Folha de S. Paulo
1 de fevereiro de 2009

JUCA KFOURI

Ricos meninos pobres

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Dos milhões que são gastos na aquisição de craques, uma parte deveria ser investida na cabeça deles

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ROBINHO, ADRIANO , Ronaldos.

Tantos.

Indiscutivelmente talentosos com a bola nos pés, mas desastrados longe dela.

Ricos nas contas bancárias, mas pobres de espírito.

Suas vidas se resumem ao futebol e às baladas, às baladas e ao futebol.

Estrelas populares cujos brilhos diminuem à medida que o tempo passa e cujo desgaste afasta da atividade principal, mãe de todas as outras, o jogar futebol bem, maravilhosamente bem. Mas que importa?

O futuro sem preocupações materiais já está garantido!

Mal sabem, ou alguns até já sabem, que, de repente, bate uma nostalgia, uma vontade louca de voltar a ser, de olhar para as arquibancadas lotadas em uníssono saudando o nome do ídolo.

Ídolo, que ídolo?

Ex-ídolo.

Ex-ídolo do Santos, do Real Madrid, do Flamengo, da Inter, do Barcelona, do Milan.

De tantos.

E com saudade de estufar a rede, de correr para o abraço, de eventualmente correr para o alambrado e comemorar com os pobres, mas ricos em emoção.

Emoção que vicia e que eles vão buscar na noite e em suas atrações.

Sejam as que alucinam, sejam as que excitam, sejam quais forem, mas incompatíveis com o correr 90 minutos, com o bater forte, com o apanhar doído, com o jogar de cabeça erguida.

Cabeça, que cabeça?

Sim, as cabeças precisam ser tratadas até para conviver com tanta facilidade -Diego Maradona e Walter Casagrande Júnior que o digam. E quem gasta tanto para tê-las, por que não gastar uma ínfima parcela para tratá-las?

Futebol, sexo, drogas e rock and roll. Bela mistura. Doutor Sócrates não vai gostar, Xico Sá vai ridicularizar, mas o fato é que a vida exige opções. Ou bem se faz uma coisa ou bem se fazem outras.

Algumas, ao mesmo tempo, são simplesmente incompatíveis.

Salvo raras exceções, rigorosamente extraordinárias como Romário, baladas diárias e futebol duas vezes por semana não ornam, não casam, repelem-se.

E é o que mais temos visto por aí, a ponto de até Pelé reclamar, ele que sempre cuidou do físico para poder reinar mais tempo, sem nunca ter sido santo, ao contrário.

"Quero fulano para jogar no meu time, não para casar com a minha filha", eis aí, de novo, a frase emblemática que até fazia sentido para os tempos românticos. Mas não faz mais, quando talento e saúde são exigidos quase em igual proporção.

E não se trata de moralismo, conservadorismo, reacionarismo, nada disso. São meras constatações, basta olhar para o momento vivido, hoje, pelos acima citados.

Não é preciso ser bom moço carola feito Kaká, mas também não precisa exagerar.

Porque o exagero torna até a curtição mais curta.

E a exposição desnecessária deles e o mole que dão beiram tanto as raias do absurdo que se confundem até com burrice, embora, de fato, sejam, apenas (?!), frutos de má, de péssima orientação.

É preciso cuidar deles.

blogdojuca@uol.com.br

Transcrito no Lageado, em Santo Antonio do Pinhal, em 1 de Fevereiro de 2009

O time de Pittsburgh, os Steelers, tenta ser hoje hexa em futebol americano nos Estados Unidos

Notícia da Folha de hoje (1/2/2009):

“O Pittsburgh Steelers pode, às 21h (ESPN), ser o maior campeão do Super Bowl caso bata o Arizona Cardinals, que busca título inédito. Dallas Cowboys e San Francisco 49ers também têm cinco taças hoje.”

Por que noticio isso? Porque os Steelers são o time de futebol americano pelo qual torço. Se eles ganharem, o time será, como o SPFC, time de futebol pelo qual torço no Brasil, o único hexacampeão na modalidade em seu país… Coincidência, não?

Sou torcedor dos Steelers porque morei em Pittsburgh, Cidade do Aço (Steel), durante cinco anos, de 1967 a 1972 – época em que o time era uma porcaria e nunca havia ganho nada. Mesmo assim, torcia para ele (bem como para os Pirates, em baseball, e para os Penguins, em hockey sobre o gelo) porque o time era de Pittsburgh, cidade de que gosto muito e que considero minha “cidade natal” nos Estados Unidos.

Estarei torcendo – apesar de não poder assistir ao jogo na ESPN, porque aqui em Santo Antonio do Pinhal, onde estou, não tenho acesso à ESPN.

ET: Há uma questão de linguagem envolvida. A Folha se refere a “o Pittsburgh Steelers”, alheia ao fato de que “Steelers” (“acieiros”, literalmente) é um termo no plural. Talvez, se acuada, diria que estava se referindo a “o [time de] Pittsburgh [os] Steelers”. Eu preferiria dizer “os Pittsburgh Steelers” – mas sei que “há controvérsias”…

No Lageado, em Santo Antonio do Pinhal, 1 de Fevereiro de 2009

SPFC: Tri/Hexa Campeão Brasileiro (6-3-3)

SPFC Hexa oficial

Da mesma forma que em 2006 e 2007, o São Paulo Futebol Clube é campeão brasileiro – pela terceira vez seguida e pela sexta vez alternatada. Embora possa ainda melhorar em desempenho no campo e fora dele, o tricolor é exemplo para os demais clubes de futebol brasileiros – que não lhe chegam perto. No ano que o SPFC reafirma, com sua conquista, a sua hegemonia no futebol brasileiro, o Corinthians faz o quê? Celebra seu retorno à primeira divisão do campeonato brasileiro.

Indiscutível a superioridade do SPFC. Parabéns ao Muricy, técnico de primeira, ao Rogério, capitão e goleador inigualável, e a todos os demais jogadores, que contribuíram de forma decisiva para a conquista.

O gol mais lindo da temporada? O de Dagoberto, contra o Internacional de Porto Alegre.

Avante, SPFC. “Tu és forte, tu és grande, dentre os grandes és o primeiro”.

São Paulo, em 8 de Dezembro de 2008