A patologia esquerdista alcança proporções epidêmicas no cenário intelectual (?) brasileiro.
A principal evidência de que um indivíduo está afligido por essa patologia é sua defesa das seguintes teses (que, em geral, vêm sempre juntas):
a) O maior problema brasileiro é a desigualdade econômica (entre indivíduos, grupos, regiões geográficas);
b) Essa desigualdade pode ser eliminada, ou pelo menos drasticamente reduzida, pela ação governamental (mediante "políticas públicas");
c) A ação governamental em prol da redução das desigualdades é a forma pela qual o governo promove a liberdade ("positiva") e a justiça ("social");
d) Os níveis absurdos de confisco da renda nacional mediante impostos e taxas praticados no Brasil se justificam em decorrência das três teses anteriores.
Todas essas teses são comprovadamente falsas — e já foram devidamente refutadas por evidência e argumento.
A patologia atinge dimensão crítica quando, na tentativa de transformar essas teses em ação, os esquerdopatas atingem um nível tal de debilidade mental que passam a acreditar, adicionalmente, que:
a) O governo Lulla é um governo bem intencionado, cujo maior objetivo é promover a justiça social (ou seja, a igualdade econômica);
b) Além de bem-intencionado, o governo Lulla é competente e realizador, na área social e em outras (estando certo ele em jactar-se, com freqüência, de que "nunca antes neste país…" — seguido de alguma pretensão positiva);
c) Há uma conspiração da "elite branca de direita", bem sintonizada com os meios de comunicação (cujos proprietários seriam todos para da referida elite), para desmoralizar o governo Lulla divulgando acusações de corrupção e incompetência administrativa que seriam totalmente falsas, fruto de montagens, denúncias incomprovadas, etc.;
d) Mesmo diante de fatos inegáveis, como a corrupção revelada no caso do mensalão e a incompetência administrativa revelada no caso do caos aéreo, insistem que os fatos não são fatos e que as evidências trazidas à tona foram forjadas pelos membros da conspiração da "elite branca de direita".
Será que tem cura essa patologia?
Em Campinas, 7 de agosto de 2007