Editorial da Folha de S. Paulo de hoje (19/3/2014) defende a aprovação do chamado Marco Civil da Internet.
SOU CONTRA a sua aprovação.
Por três razões — das quais a primeira e a terceira são mais importantes.
Primeira Razão:
Diz a Folha: “A favor do Marco Civil estão nada menos que o próprio governo federal e um sem-número de atores envolvidos com o ambiente virtual, como o Comitê Gestor da Internet no Brasil, comunidade acadêmica, ONGs, sindicatos e entidades internacionais.”… Só a listagem desse conjunto de instituições favoráveis ao dito marco me leva a ficar contra a aprovação dele. Nenhum outro argumento seria necessário.
Apesar de brigar muito com elas, confio muito mais nas empresas de telecomunicações do que no governo da DilmANTA e do PT. Afinal de contas, posso cancelar meu contrato com qualquer delas quando não estiver satisfeito. Não posso cancelar com igual facilidade minha condição de cidadão deste pobre país desgovernado pelo PT. Moral e intelectualmente já me considero APÁTRIDA.
A comunidade acadêmica, os sindicatos, as entidades internacionais e a maior parte das ONGs de encomenda, conheço muito bem e há tempos decidi passar longe delas.
O marco civil é apoiado pelo mesmo grupo que pede a “democratização” da mídia — e que entende a democratização como “controle social”.
Quando quem não criou nem produziu algo se propõe a controla-lo (ou a submete-lo a “controle social”, que é a mesma coisa), pode estar certo que tem esquerda por trás. A essência da esquerda hoje é tentar controlar a distribuição do dinheiro criado ou gerado por outros e confiscado pelo governo na forma de impostos e taxas.
Esse mesmo grupo tentou, há algum tempo, impedir a venda de armas, “uberhaupt”, aqui no Brasil — e perdeu feio. Não se conforma até hoje.
Segunda Razão:
Desconfio de gente que distribui adjetivos desnecessários, especialmente se esses adjetivos são “civil”, “social”, “público”, “progressista”, etc. Gente que chama as coisas de “civil”– sociedade civil, marco civil… Ou de social (justiça social, política social, e.g.). Ou de política (vontade política, e.g.). Ou de pública (política pública, e.g.). “Política pública” junta dois desses termos. Xô… Essa gente é tudo da mesma raça… Farejo o cheiro dela de longe.
Terceira Razão:
Diz o ditado americano: “If it ain’t broke, don’t fix it”. Se não está quebrado, não conserte. E evidentemente, a Internet não está quebrada para precisar de conserto, nem perdida pra precisar de marco.
LEAVE THE INTERNET ALONE, cambada.
Em São Paulo, 19 de Março de 2014.